Quem não curte dar uma volta na magrela? Tenho a convicção de que as bikes são a solução para caótico trânsito das grandes cidades. As ciclovias podem representar uma alternativa possível à mobilidade urbana, além de promover uma opção limpa de transporte e proporcionar uma vida saudável ao usuário.
O Rio de Janeiro é a capital brasileira que possui a maior malha cicloviária do país. São 270 km de agradáveis pedaladas pela cidade, a maioria deles na zona sul. Está bem longe dos 29.000 km de ciclovia da Holanda, o país das bicicletas, mas estamos no caminho certo, ampliando ciclovias no sentido zona norte e oeste e implementando iniciativas interessantes como a locação de bicicletas.
O Rio não está só. O designer carioca Flávio Deslandes desenvolveu uma bicicleta feita de bambu. Mais resistente 17% que o aço, o bambu tem a leveza do alumínio, sem os danos ambientais da sua fabricação, além de grande eficiência aerodinâmica e um enorme ativo ambiental e social, uma vez que o bambu emite oxigênio enquanto cresce e emprega mais de dois bilhões de pessoas no mundo.
A prefeitura de São Paulo contratou o designer para desenvolver o projeto Escolas de Bicicleta, capacitando jovens da cidade para fabricar 4600 bambucicletas que serão usadas pelos alunos da rede municipal de ensino, treinados para pedalar com segurança no trajeto casa-escola-casa.
Em tempos de Rio +20, iniciativas como essa revolucionam pela simplicidade e inovação. Elas demonstram que a adoção de posturas individuais, quando incentivadas em escala, produzem resultados mais práticos e efetivos do que as longas rodadas de negociação diplomática, projetam soluções para um amanhã distante, enquanto o hoje agoniza à espera de respostas num mundo com seu futuro incerto e comprometido.
Governos podem fazer muito mais do que tem feito, mas sou filiado à corrente que acredita que as pessoas podem mais e não precisam esperar que os governos façam a sua parte para sair da inércia. Temos que tomar a frente no processo de migração da matriz de transporte atual para um novo modelo de mobilidade urbana.
Quanto maior for o número de bikes nas ruas das grandes cidades, maior será a pressão sobre o poder público de criar uma estrutura adequada para acompanhar essa mudança.
Pense nisso, dê a primeira pedalada em direção a um mundo melhor!
O problema é que o brasileiro médio ainda não tem educação suficiente para respeitar as bikes no trânsito. O que vale é a lei do maior/mais forte e quem tá de bicicleta é a parte mais fraca. MUITA água tem que rolar ainda...
ResponderExcluirEducação e respeito ao ciclista são fundamentais. É um passo que teremos que dar. Impressionante é enxergar na cidade diversos espaços próprios para ciclovias que ajudariam muito na mobilidade urbana. Imagina uma grande ciclovia paralela a linha do trem? Ou a av. Brasil? Ou mesmo ciclovias mais curtas, ligando os bairros a grandes centros de transporte? Precisamos avançar.
ResponderExcluirEu realmente acredito que é mais fácil transformar através de pequenas ações individuais do que combater Titãs porque aprendi que antes de transformar o mundo precisamos transformar a nós mesmos! A ideia de investir nesta “bicicleta ecológica” é sensacional. Além do benefício coletivo (trânsito), individual (saúde) e ecológico (economia de energia, não- poluição, etc) podemos agregar o benefício espiritual! Não me lembro de experimentar nada além de prazer ao pedalar passando a vida limpo ou simplesmente apreciando a paisagem: relax total. Pedalar faz bem pra alma!
ResponderExcluirQue venham as ciclovias!!!!
Verônica Barros de Andrade
Acredito q o principal obstáculo para a disseminação do uso das bicicletas como meio de transporte seja a segurança. É preciso garantir que este seja um transporte seguro! Como tudo está integrado, serão necessárias várias frentes: construção de ciclovias, bicicletários em que peças da sua bike não sejam roubadas, educação para o trânsito etc. Mas que dá pra fazer, dá! Basta vontade.
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